Não sei se grito, se choro ou se faço as duas coisas ao mesmo tempo. Pego uma xícara de café bem quente e forte pra ver se acordo pra vida e desperto pra pensar melhor.
Sabe, tá tudo muito confuso aqui dentro de mim, e aqui em casa também, uma bagunça sem fim.
Às vezes acho que essa bagunça é necessária em minha vida, sabe, ela parece comigo, deixa ela assim, quieta no lugar dela sem fazer mal a ninguém.
Tento me descontrair com a tv, mas nada me convence de que devo ficar em casa essa noite.
Penso em pegar meu guarda-chuva e sair pelas ruas da cidade só pra ver a chuva cair... Mas peraí, cadê meu guarda-chuva? Ah! Lembrei, não tenho guarda-chuva. Mas vou sair assim mesmo, pelo o que sei, a chuva não faz mal a ninguém. Vou sair nessa chuva, molhar meu corpo, alma e coração. Coração que ultimamente tem chorado mais do que essa chuva que molha meus olhos cheios de lágrimas. Chuva, chuva! Caia sobre mim e me mostre o que devo fazer! Chuva, será que a vida sempre vai ser assim: cheia de incertezas e mentiras?
Saio correndo nessa chuva pra ver se consigo pensar na coisa certa a se fazer. Ah chuva, venha e caia sobre mim. Me tire dessa incerteza, dessa solidão e me dê mais amor, mais vida e brilho. Traga meu amor de volta. Chuva, eu preciso que traga a minha vida de volta. Chuva, essa noite será só eu e você.
Flavianna Ribeiro,
texto feito em especial para um amigo meu, que hoje está um pouco
distante de mim, mas não deixa de ser meu amigo.

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